16 de setembro de 2012

Exercício e Doença Renal Crônica

  Esse final de semana participei da Jornada Multidisciplinar: exercício e doença renal crônica, realizada no Hospital de Clínicas de Porto Alegre. 
    Foi um encontro muito interessante, no qual se discutiu a insuficiência renal crônica e os benefícios da prática do exercício físico.   O paciente que chega ao estágio da doença que necessita de hemodiálise pode melhorar sua qualidade de vida e capacidade funcional ao aderir a um programa de reabilitação. Muitos centros de hemodiálise já oferecem a prática de exercícios durante o período em que o paciente está fazendo a hemodiálise. Os estudos comprovaram que exercícios realizados dentro das 2 primeiras horas de hemodiálise, geralmente 30 minutos são benéficos para o paciente.
    Essa reabilitação do paciente com doença renal crônica pode se dar com exercícios aeróbicos, resistidos ou combinados. Estes podem ser realizados durante a hemodiálise ou fora desse período.
   É importante que os paciente se conscientizem de que o sedentarismo é prejudicial para eles, já que os mesmos apresentam sarcopenia (perda degenerativa de massa muscular) que gera perda de força e resistência muscular, o que torna o paciente mais inativo fisicamente e com maior incapacidade funcional.
    Os cuidados nutricionais também são indispensáveis, pois a dieta é parte importante do plano de tratamento. 

Aproveitando o tema seguem abaixo algumas informações sobre a doença:

A INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA:

Segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia a insuficiência renal crônica é a perda lenta, progressiva e irreversível das funções renais. Por ser lenta e progressiva, esta perda resulta em processos adaptativos que, até certo ponto, mantêm o paciente sem sintomas da doença. Até que tenham perdido cerca de 50% de sua função renal, os pacientes permanecem quase sem sintomas. A partir daí, podem aparecer sintomas e sinais que nem sempre incomodam muito. Assim, anemia leve, pressão alta, edema (inchaço) dos olhos e pés, mudança nos hábitos de urinar (levantar diversas vezes à noite para urinar) e do aspecto da urina (urina muito clara, sangue na urina, etc). Deste ponto até que os rins estejam funcionando somente 10 a 12% da função renal normal, pode-se tratar os pacientes com medicamentos e dieta. Quando a função renal se reduz abaixo desses valores, torna-se necessário o uso de outros métodos de tratamento da insuficiência renal: diálise ou transplante renal.
  
CONHEÇA AS CAUSAS DA INSUFICIÊNCIA RENAL CRÔNICA:
Diversas são as doenças que levam à insuficiência renal crônica. As três mais comuns são a hipertensão arterial, o diabetes e a glomerulonefrite. A hipertensão arterial (pressão alta) é outra importante causa de insuficiência renal. Como os rins são os responsáveis no organismo pelo controle da pressão, quando eles não funcionam adequadamente, há subida na pressão arterial que, por sua vez, leva à piora da disfunção renal, fechando assim um ciclo de agressão aos rins. O controle correto da pressão arterial é um dos pontos principais na prevenção da insuficiência renal e da necessidade de se fazer diálise.O diabetes é uma das mais importantes causas de falência dos rins, com um número crescente de casos. Após cerca de 15 anos de diabetes diagnosticado, alguns pacientes começam a ter problemas renais. As primeiras manifestações são a perda de proteínas na urina (proteinúria), o aparecimento de pressão arterial alta e, mais tarde, o aumento da ureia e da creatinina do sangue. Uma causa muito frequente de insuficiência renal é a glomerulonefrite (“nefrite crônica”). Ela resulta de uma inflamação crônica dos rins. Depois de algum tempo, se a inflamação não é curada ou controlada, pode haver perda total das funções dos rins. Outras causas de insuficiência renal são: rins policísticos (grandes e numerosos cistos crescem nos rins, destruindo-os), a pielonefrite (infecções urinárias repetidas devido à presença de alterações no trato urinário, pedras, obstruções, etc.) e doenças congênitas (“de nascença”).

 

FIQUE ALERTA AOS SINAIS E SINTOMAS DA DOENÇA RENAL! 

Muitos são os sinais e sintomas que aparecem quando a pessoa começa a ter problemas renais. Alguns são mais frequentes, embora não sejam necessariamente consequências de problemas renais:

• alteração na cor da urina (torna-se parecida com coca-cola ou sanguinolenta);
• dor, queimação ou ardor quando estiver urinando;
• passar a urinar toda hora;
• levantar mais de uma vez à noite para urinar;
• inchaço dos tornozelos ou ao redor dos olhos;
• dor lombar, que não piora com movimentos;
• pressão alta;
• anemia (palidez anormal);
• fraqueza e desânimo constante;
• náuseas e vômitos frequentes pela manhã;

Caso qualquer destes sinais ou sintomas apareça, procure imediatamente um médico de sua confiança.

PREVENÇÃO:
   Algumas medidas simples podem prevenir o aparecimento de doenças renais:

- controlar a dieta: evitar o excesso de sal, carne vermelha e gorduras;
- evitar excesso de peso;
- fazer exercícios regularmente;
- não fumar;
- controlar a pressão arterial e o diabetes;

   Além disso, é necessário fazer uso adequado de medicamentos, evitar remédios que agridam os rins, verificar periodicamente o níveis de proteinúria e dosagem de creatinina no sangue por meio de exames, consultar regularmente seu clínico e nefrologista.
   Pacientes idosos, portadores de doença cardiovascular e pacientes com história de doença renal em familiares têm grande potencial para desenvolver lesão renal e devem ser investigados com triagem de exames de urina e dosagem de creatinina no sangue.

Fonte:

5 de setembro de 2012

Pilates X Yoga



Nos últimos anos, o Pilates ganhou bastante popularidade, embora muitos ainda o confundem com Yoga. Embora eles partam do mesmo princípio, que é desenvolver, tonificar e fortalecer os músculos do corpo inteiro usando a própria resistência do corpo, há diferenças profundas entre as duas práticas. Yoga é uma prática milenar, originada na Índia há mais de 5 mil anos. Algumas posturas do Pilates foram inspiradas na Yoga, mas a técnica foi desenvolvida há cerca de 80 anos, pelo alemão Joseph Pilates. O método Pilates é um sistema complexo de exercícios efetivos, mas suaves, de condicionamento e correção postural. No princípio foi largamente praticado por bailarinos e ganhou atenção da massa nos últimos anos, em grande parte devido aos efeitos estéticos e funcionais que causa aos seus praticantes. Yoga é um estilo de vida, em vez de simplesmente um exercício. É conhecida como o caminho para o bem estar físico e mental. Inclui desde posturas físicas, alimentação saudável, respiração, relaxamento e habilidades de meditação. O método Pilates concentra-se principalmente no fortalecimento do núcleo de resistência do organismo e alongamento da coluna vertebral. Além de ser uma ferramenta valiosa para aumentar a força, a definição e a correção postural. A Yoga visa trabalhar o corpo de forma igual e unir o corpo com a mente e o espírito. Yoga é muitas vezes considerada terapêutica, quando comparado ao Pilates, pois ajuda as pessoas a encontrarem harmonia e libertarem o stress. Embora a respiração e a concentração são fundamentais para ambas as práticas, o Yoga emprega o fôlego em um nível mais profundo. Uma ligeira diferença pode ser observada no fato e que o Pilates instrui a inspirar pelo nariz e exalar pela boca, enquanto no Yoga é ensinado a inspirar e expirar pelo nariz apenas. A Yoga tem muitos estilos diferentes, mas todos são geralmente realizadas em grupo sobre um colchonete individual, com o auxílio de um instrutor de Yoga  Já o Pilates, apesar de possuir uma gama completa de trabalho de solo, é conhecido por seus aparelhos equipados com molas que trabalham força, resistência e alinhamento do corpo.

POSTAGEM RELACIONADA:
Caroline Cabezudo Medeiros
Fisioterapeuta
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